20 anos de Facebook: relembre a trajetória da rede social de Mark Zuckerberg


Rede social de Zuckerberg é marcada por inovações e polêmicas; acompanhe a trajetória do Facebook e conheça os recursos introduzidos na plataforma ao longo de 20 anos O Facebook completa 20 anos neste domingo (04), com uma trajetória que contribuiu para consolidar a era das redes sociais. Criada por Mark Zuckerberg, quando o bilionário ainda era estudante de computação na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a plataforma é a única do mundo em seu segmento com 3 bilhões de usuários mensais — o que equivale a 40% da população mundial. A história do site já foi marcada por disputas judiciais, denúncias em casos de desinformação, escândalos envolvendo a privacidade dos usuários e uma gigantesca popularidade, impactando a economia e a política globais até hoje.
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A empresa de Zuckerberg, que passou a se chamar Meta em 2021, cresceu tanto que acabou comprando seus principais rivais, os aplicativos Instagram e WhatsApp, consolidando um império entre as mídias do gênero. Mesmo assim, o Facebook segue perdendo espaço entre o público mais jovem e luta para recuperar seu valor de mercado. Para evitar a evasão de usuários, a rede social se reinventou nos últimos anos com o lançamento do seu próprio metaverso e investimentos em inteligência artificial (IA) e na publicidade em torno dos seus grupos, que ainda são um forte diferencial da página. A seguir, saiba mais sobre a historia do Facebook e relembre a trajetória da rede social nos últimos 20 anos.
Facebook completa 20 anos: relembre a história da rede social da Meta
Foto: Reprodução/FreePik
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1. 2004: início do “Thefacebook” e Facemash
Página do Facemash, embrião do Facebook, em 2004
Reprodução/Version Museum
A história do Facebook começa em 2004, quando Mark Zuckerberg, então estudante de computação da Universidade de Harvard (EUA), decide criar um site exclusivo para alunos da instituição. Na plataforma, os estudantes poderiam comparar e escolher quem eram os mais atraentes entre eles. A ideia controversa, no entanto, acabou não indo para frente.
Logo depois, ao lado do amigo e colega de faculdade brasileiro Eduardo Saverin, Zuckerberg lançou a página “Thefacebook”, inspirada no nome dado aos anuários de colégios e faculdades, que contam com os nomes e fotos dos alunos de cada período. No ano seguinte, a plataforma tirou o “The” do nome, passando a se chamar apenas Facebook, e aceitando todos os internautas com mais de 13 anos. Em setembro de 2004 já havia um milhão de usuários na rede social.
Diante do sucesso do site, os irmãos Winklevoss, que também eram estudantes de Havard, processaram Zuckerberg por suposto roubo da ideia de uma rede social virtual para universitários. Os gêmeos haviam contratado o criador do Facebook para construir o site ConnectU (antigo HarvardConnection), que tinha a mesma proposta, mas o projeto não chegou a ser concretizado. O caso chegou a ser relatado no filme “A Rede Social”, do diretor David Fincher. Em 2011, os Winklevoss finalmente desistiram do negócio e aceitaram o acordo judicial proposto por Zuckerberg.
Página da rede social de Zuckerberg em 2005, quando ainda era chamada “The Facebook”
Reprodução/Version Museum
2. 2007-2009: Feed e botão de like
Em 2007, o Facebook adotou o formato em linha do tempo (timeline), permitindo que usuários visualizassem uma sequência de posts dos seus amigos da rede. Com a mudança, não era mais necessário visitar o perfil de alguém para saber o que a pessoa estava fazendo, como ocorria em outras plataformas, como o extinto Orkut, por exemplo. O feed de notícias mudou permanentemente a forma como consumimos conteúdo online, estando presente na estrutura de diversas redes sociais até hoje.
Facebook inaugura a corrida em torno dos likes nas redes sociais
Reprodução/Make Use Of
Em 2009, o site passou a contar com mais recursos, como o bate-papo, páginas, anúncios do Facebook e suporte de vídeo. Outra inovação da época, que impactou a vida online de forma decisiva, foi a criação do botão de “Like”, traduzido como “Curtir” no Brasil. A funcionalidade permitiu que usuários interagissem com posts, fotos e comentários, demonstrando apoio, criando conexões e reforçando suas relações virtuais.
Embora sejam recursos populares até hoje, tendo sido incorporados em diversos outros sites, as curtidas também são alvos de ressalva e críticas, já que podem contribuir para o consumo compulsivo das redes sociais, além de causar danos à autoestima e à saúde mental dos internautas.
3. 2009-2012: Joguinhos, aplicativos e 500 milhões de usuários ativos
Outro ponto alto na trajetória do Facebook foi a incorporação de jogos online, como o pioneiro “Farmville”, que virou uma febre após seu lançamento, em 2009. As fazendinhas virtuais exigiam cuidado constante dos usuários, que lotavam suas páginas com pedidos de ajuda para conseguir itens e animais para o game.
Não por acaso, em 2010, o Facebook atingiu 500 milhões de usuários e passou por uma reformulação em seu visual, tornando o layout mais adequado para usuários que utilizavam a rede social em smartphones. A plataforma também disponibilizou o recurso de detecção de rostos nas fotos e passou a permitir a marcação do perfil de amigos nas imagens compartilhadas. O período também foi marcado pela expansão e integração da rede com outros aplicativos. Em 2012, o Facebook já estava conectado a 350 milhões de apps, com mais de 1 milhão de usuários ativos.
Farmville foi um dos joguinhos que se popularizou entre usuários do Facebook
Reprodução/Terabyte TV
4. 2012: O “vídeo da cadeira”
Em 2012, a plataforma social lançou seu primeiro comercial para a televisão. O conceito do anúncio, produzido pela agência de publicidade Wieden & Kennedy, resumia-se à frase “cadeiras são para pessoas. E é por isso que as cadeiras são como o Facebook”. A analogia pouco óbvia, que fazia referência a momentos de pausa para conexão entre as pessoas, marcou a celebração de um bilhão de usuários ativos no site – e gerou muitas paródias e memes, revelando que a propaganda não foi um consenso entre os usuários.
“Cadeiras são como o Facebook”: vídeo publicitário para a TV marcou história da rede social em 2012
Reprodução/Web Archive
5. 2012-2015: Expansão do Facebook: compra do Instagram e WhatsApp
Atualmente, a Meta é dona do Instagram e do WhatsApp
Getty Images
Também em 2012, o Facebook comprou seu maior rival da época, o aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram, por US$ 1 bilhão. No mesmo período, a rede social de Zuckerberg atingiu 1 bilhão de usuários em todo o mundo e estreou na Bolsa de Nova York, com uma oferta de ações públicas no valor de US$ 104 bilhões. Dois anos depois da expansão bilionária, a empresa também adquiriu por US$ 22 bilhões o serviço de mensagens WhatsApp, que, na época, já possuía mais de 600 milhões de usuários mensais.
Outra inovação que marcou a trajetória do Facebook foi o recurso de transmissões de vídeos ao vivo, por meio do lançamento do “Facebook Live”. O objetivo da iniciativa era competir no mercado de streaming , que havia se consolidado após o surgimento de plataformas como Periscope e Meerka.
6. 2016-2018: Polêmicas
História do Faebook também é marcada por polêmicas em relação à transparência e proteção de dados
Reprodução/Make Use Of
A história do Facebook também é marcada por controversas, denúncias e acusações judiciais. Uma das maiores polêmicas envolvendo a empresa aconteceu em 2016, durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos, quando a plataforma foi alvo de denúncias por propagação de fake news. Para amenizar o problema, o site introduziu o recurso que permite sinalizar postagens falsas, com intuito de melhorar o algoritmo do site.
Na mesma época, foi lançada a função Reactions (ou Reações, em português) para que os usuários pudessem interagir com os conteúdos, utilizando vários emojis além da curtida. No ano seguinte, a rede foi alvo de denúncias e relatos sobre conteúdo abusivo, assédios e discurso de ódio. A crise fez com que a empresa estabelecesse melhores medidas regulatórias para moderar o posts inadequados ou criminosos.
Mark Zuckerberg presta esclarecimentos no Congresso americano
Reprodução/Jim Watson/AFP
Em 2018, a organização sofreu um novo abalo quando foi divulgado que a empresa americana Cambridge Analytica extraiu informações pessoais de cerca de 87 milhões de usuários do Facebook por meio de um aplicativo chamado “This Is Your Digital Life”. Os dados foram usados ​​sem consentimento para promover propaganda política do então candidato Donald Trump, que concorria à presidência dos Estados Unidos em 2016. Diante da denúncia, Zuckerberg e a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, tiveram que testemunhar perante o Congresso americano.
A empresa também foi multada pelo Escritório do Comissário de Informação (ICO, na sigla em inglês) do Reino Unido em 500 mil libras (cerca de R$ 3,7 milhões de reais na cotação da época) por utilizar dados de internautas e permitir que aplicativos externos extraíssem informações dos usuários e de seus amigos sem consentimento, entre 2007 e 2014.
7. 2019 até hoje: Meta
As crises envolvendo a privacidade e segurança dos usuários do Facebook não dão sinais de que serão solucionadas definitivamente. Em 2019, a empresa teve que pagar multas a diversos governos e foi alvo de uma denúncia da revista Forbes, que revelou o vazamento de informações de 267 milhões de contas na rede social, inclusive números de telefone e endereços de e-mail. A empresa também provocou mal estar em 2021 ao anunciar novas políticas de privacidade para o WhatsApp, que passou a compartilhar dados dos seus usuários com o Facebook.
A empresa Facebook passou a se chamar Meta em 2021
Reprodução/Divulgação/Meta
Na busca por modernizar a marca e dissociá-la de polêmicas do passado, o Facebook anunciou em 2021 que passaria a se chamar Meta. O nome faz referência à ideia de metaverso, mundo online 3D, onde avatares podem circular em espaços virtuais para interagir, se divertir e até trabalhar. A empresa investiu pesado em Realidade Virtual (VR), injetando pelo menos US$ 10 bilhões na área. Em outubro do ano passado, uma entrevista concedida por Zuckerberg ao podcast do pesquisador Lex Fridman por meio de avatares ultrarrealistas em 3D impressionou espectadores e usuários. A conversa aconteceu a distância e no metaverso, com uso do Meta Quest Pro, os óculos de VR da empresa.
Mark Zuckerberg conversa com podcaster Lex Fridman usando avatar ultrarrealista em 3D criado no metaverso com óculos VR
Reprodução/YouTube
A reformulação da gigante da tecnologia, no entanto, não parece ter sido suficiente para recuperar a confiança do público ou livrá-la de dificuldades técnicas e legais. Em 2022, cerca de 11.000 funcionários da empresa —13% de toda a força de trabalho na época — foram demitidos. De lá para cá, a organização segue reduzindo custos e tentando se reinventar e recuperar valor de mercado. Aos poucos, os altos investimentos no metaverso vão dando lugar à inteligência artificial (IA), principal aposta das grandes empresas de tecnologia no momento.
Com informações de CNET, Version Museum, Make Use Of e Business Insider
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